Etimologia (do grego antigo ἐτυμολογία, composto de ἔτυμον e -λογία "-logia"1 ) é a parte da gramática que trata da história ou origem das palavras e da explicação do significado de palavras através da análise dos elementos que as constituem.2 Por outras palavras, é o estudo da composição dos vocábulos e das regras de sua evolução histórica.3
Algumas palavras derivam de outras línguas, possivelmente de uma forma modificada (as palavras-fontes são chamadas étimos). Por meio de antigos textos e comparações com outras línguas, os etimologistas tentam reconstruir a história das palavras - quando eles entram em uma língua, quais as suas fontes, e como a suas formas e significados se modificaram.
Os etimólogos também tentam reconstruir informações sobre línguas que são velhas demais para que uma informação direta (tal como a escrita) possa ser conhecida. Comparando-se palavras em línguas correlatas, pode-se aprender algo sobre suas línguas afins compartilhadas. Deste modo, foram encontrados radicais de palavras que podem ser rastreadas por todo o caminho de volta até a origem da família de línguas indo-europeias.
A própria palavra etimologia vem do grego ἔτυμον (étimo, o verdadeiro significado de uma palavra, de 'étymos', verdadeiro) e λόγος (lógos, ciência, tratado).
Fonte: Wikipedia
Confira exemplos da origem etimológica de algumas palavras da língua portuguesa:
- Abacaxi: do tupi iba-cati (fruto que cheira muito);
- Trabalho: do latim tripaliu (ser torturado);
- Coração: do latim cor ou cordis (coração);
- Cidadania: do latim civitas (cidade);
- Amor: do latim amor (a grafia e significado continuam os mesmos do original latim).
Fonte: Significados
Devemos ter cuidado com os "Falsas Etimologias":
“Concentra-se o problema na onda de falsos etimologistas que tem surgido na atualidade. São amadores, autodidatas que saem emitindo e publicando coisas sobre a origem das palavras, mas que nunca pesquisaram em bons dicionários, não se basearam nos escritos de grandes autores e sumidades literárias, nem tiveram nenhuma formação lingüística. Em suas engenhocas textuais, ensinam que forró teria nascido da recepção equivocada de “for all” (“para todos” em inglês, que soa como /foróu/), que designava os antigos bailes populares promovidos por empresários estrangeiros no Nordeste do Brasil. Entretanto, o vocábulo é uma simples redução de forrobodó (festança) – já encontrado no século XVIII; registram que enfezar significa “estar cheio de fezes”, ignoram o fato de que o termo vem do Latim infensare – opor-se a alguma coisa com vigor, hostilizar. Incansáveis que são, tratam de corrigir o passado também: o velho ditado “Quem não tem cão caça com gato” estaria errado, o correto seria “caça como gato”, sozinho, por si mesmo, fazendo alusão à possível caça solitária do gato em busca de suas presas, o que contraria até o grande escritor Machado de Assis, que já fez uso de “com gato”; o famoso “Quem tem boca vai a Roma” seria “vaia Roma” (desaprova Roma, desaprova qualquer sistema imperialista), ignorando o dito dos franceses “Qui langue a, à Rome vá” ou dos italianos “Chi lingua ha, a Roma va”; e ainda, que a famigerada expressão “nas coxas” viria do hábito de moldar as telhas de barro nas coxas dos escravos, o que as deixavam com forma irregular, quando, na verdade, essa expressão sempre indicou, desde a Grécia antiga, um tipo de coito alternativo no qual não existia penetração, assim “fazer nas coxas” logo foi empregado com o sentido de fazer algo apressadamente, deixando mal feito ou incompleto o que poderia ser melhor.”
(JESUS, Carlos A. Etimologia: especulação e mau uso. São Bernardo do Campo: Faculdade Anchieta, 2008. pp.21-22)
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